sexta-feira, 21 de outubro de 2016
DENTRO DO GRÃO
Dentre as folhas, flor
Da terra cor, o rosa, azul
Sopro, pólen viajante
Uma pétala que cai
Eu espero a água que nas nuvens vai
[cinzando os horizontes
E dentro do grão,
Na lama do chão,
Existe a flor...
Dentro do grão,
O néctar,
Cores,
Já o futuro das flores.
terça-feira, 24 de maio de 2016
PODER POEMA
Vazou um áudio
Trocou de Audi
Escondeu a renda
Que era merenda
Do feijão ao pó
Spray de pimenta
Pobre de direita
Ninguém mais aguenta
Verdade partida
Véu da hipocrisia
Mais uma manchete
Da delegacia
Eu queria ver
A TV perfeita
Tela de jardim
Fome rarefeita
Eu queria ver
O sistema certo
Poder conhecer
O amor de perto
Eu queria o novo
Na tarde vazia
Onde a maior das armas
Fosse a poesia.
SÓ POR TI
Parque asqueroso
Demasiado frio
O sol seguia sem aparecer...
Galileu traçava
Céu enluarado
Pra fazer do velho cosmos
[superado
E entre as estrelas
Inda resta o dia
[outros belos dias que virão
A inundar de luz as trevas
A dedurar poeira pelos cantos rotos
Deste rock and roll da vida
Eu olho pro lado
Eu vejo você
Nascer de novo como um sol na cama
Você abre os olhos
Você diz que dá
Pra ver estrelas lá de Bagdá
Eu digo vamos
Eu to só por ti
Aonde o universo te seguir.
Demasiado frio
O sol seguia sem aparecer...
Galileu traçava
Céu enluarado
Pra fazer do velho cosmos
[superado
E entre as estrelas
Inda resta o dia
[outros belos dias que virão
A inundar de luz as trevas
A dedurar poeira pelos cantos rotos
Deste rock and roll da vida
Eu olho pro lado
Eu vejo você
Nascer de novo como um sol na cama
Você abre os olhos
Você diz que dá
Pra ver estrelas lá de Bagdá
Eu digo vamos
Eu to só por ti
Aonde o universo te seguir.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
NOVA GRAFITAGEM
Depois de meses, desci novamente uma ruazinha que passava no horizonte, após a curva que eu tomava com frequência. Senti os detalhes do percurso, o cheiro úmido, a nova grafitagem. Havia uma escada na calçada por onde eu andava, passando, à frente, pelo mesmo lugar. Meu amigo me dizia que a gente nunca volta, é impossível voltar. A gente sempre anda pra frente, mesmo que passe de novo por um velho lugar, como eu passava por aquela ruazinha, me reconhecendo. Eu era um homem novo, novo a cada dia. E a rua era a quieta, viva como um rio... Pensei que um homem nunca pode se banhar no mesmo rio, porque ele e as águas são, a cada momento e sempre, mutáveis. E os degraus da escadinha eram, pra mim, compreensão e mensagens.
Eu tinha que pegar uns trocados para o dia e resolver os apontamentos de uma pequena lista, escrita num rasgo de papel que trazia comigo. Nela, afazeres e encontros. Eu não costumo anotar as coisas, gosto quando elas acontecem por si. Mas a sociedade me traz coisas chatas, na caixa de correio, no meu portão, mesmo que eu fique em casa silenciosamente. E eu as anoto e as elimino, como um matador de aluguel.
***
Hoje eu acordei diferente. Levaram algo do meu olhar. Dois exus levaram meu anjo algemado a outro plano e eu tive dor. Quando voltaram, horas e séculos depois, me anjo estava machucado. Ele sofrera comigo e intensamente por coisas que ainda não fizemos, então acordei diferente, como acorda um náufrago na ilha remota.
A cidade então ficou também diferente. As pessoas, seus olhares e abraços, ficaram diferentes. Novamente os multiversos se comunicaram. Dos meus três guardiões, um fora lesado, e eu, que andava jovem, sorridente, de peito aberto, percebi que nem toda justiça é boa, que o éter não é tão vazio.
***
As flores aparecem no momento certo. As frutas amadurecem e formigas colhem. A água, pela gravidade da cascata, desce, borbulha, sempre e independente de eu estar ali como mero observador. Tudo tem seu tempo certo de acontecer, como o som que saiu do canto, navegou as ondas pelo ar até o ouvido, tocando internamente o tímpano e os pelos auriculares mínimos, e ressoou eletromagneticamente para meu entendimento. O canto do pássaro, ouvi e reconheci.
***
Volto para casa, meu esconderijo. Ela foi arrombada por vários espíritos. Eu vi um lobo, depois um raivoso e negro cão. Vi uma carranca na parede e ela era lindamente assustadora, para minha proteção. Eles disseram que eu enterrasse uma pedra, que ofertasse e pedisse. O terceiro anjo quer se aproximar, dizer seu nome e os seres que caminham em volta da casa pela madrugada, mas ainda não escuto o canto seu. Talvez eu não esteja ainda pronto... o tempo das coisas...
Dormi e acordei diferente.
Quando alvoreceu, havia orvalho sobre as folhas. Dos vidros gotas desciam condensadas e eu vi as nuvens pela janela da manhã. Eu sei que tudo está se reorganizando, como as flores surgem e os frutos amadurecem e as formigas colhem... Tudo sempre se organiza, é o princípio natural da matéria e do espírito. Eu sofri a dor. Eu agradeci por ela, que me fez ver um novo e repentino multiverso condensado.
Eu tinha que pegar uns trocados para o dia e resolver os apontamentos de uma pequena lista, escrita num rasgo de papel que trazia comigo. Nela, afazeres e encontros. Eu não costumo anotar as coisas, gosto quando elas acontecem por si. Mas a sociedade me traz coisas chatas, na caixa de correio, no meu portão, mesmo que eu fique em casa silenciosamente. E eu as anoto e as elimino, como um matador de aluguel.
***
Hoje eu acordei diferente. Levaram algo do meu olhar. Dois exus levaram meu anjo algemado a outro plano e eu tive dor. Quando voltaram, horas e séculos depois, me anjo estava machucado. Ele sofrera comigo e intensamente por coisas que ainda não fizemos, então acordei diferente, como acorda um náufrago na ilha remota.
A cidade então ficou também diferente. As pessoas, seus olhares e abraços, ficaram diferentes. Novamente os multiversos se comunicaram. Dos meus três guardiões, um fora lesado, e eu, que andava jovem, sorridente, de peito aberto, percebi que nem toda justiça é boa, que o éter não é tão vazio.
***
As flores aparecem no momento certo. As frutas amadurecem e formigas colhem. A água, pela gravidade da cascata, desce, borbulha, sempre e independente de eu estar ali como mero observador. Tudo tem seu tempo certo de acontecer, como o som que saiu do canto, navegou as ondas pelo ar até o ouvido, tocando internamente o tímpano e os pelos auriculares mínimos, e ressoou eletromagneticamente para meu entendimento. O canto do pássaro, ouvi e reconheci.
***
Volto para casa, meu esconderijo. Ela foi arrombada por vários espíritos. Eu vi um lobo, depois um raivoso e negro cão. Vi uma carranca na parede e ela era lindamente assustadora, para minha proteção. Eles disseram que eu enterrasse uma pedra, que ofertasse e pedisse. O terceiro anjo quer se aproximar, dizer seu nome e os seres que caminham em volta da casa pela madrugada, mas ainda não escuto o canto seu. Talvez eu não esteja ainda pronto... o tempo das coisas...
Dormi e acordei diferente.
Quando alvoreceu, havia orvalho sobre as folhas. Dos vidros gotas desciam condensadas e eu vi as nuvens pela janela da manhã. Eu sei que tudo está se reorganizando, como as flores surgem e os frutos amadurecem e as formigas colhem... Tudo sempre se organiza, é o princípio natural da matéria e do espírito. Eu sofri a dor. Eu agradeci por ela, que me fez ver um novo e repentino multiverso condensado.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
EU ANDO A PÉ
Eu ando a pé
Eu corro da chuva
Aquela música me faz lembrar você
Eu ando quase sempre
Nos mesmos lugares
Esta casa azul e verde
Não é mais do que paredes resistentes...
Eu entendo você
Que diz que pela rua é muito fácil de viver
Eu vejo uma nuvem do perfume teu
Andar alegremente por outro lugar e eu...
Eu me lembro de você,
Colorindo a rua
Desfilando pelo céu dos meus desejos
E agora
Nuvem preta como o teu olhar
A chorar pela cidade, e eu a pé
A escutar uma canção bonita
Mil palavras que te trazem
Pelo tempo em mim.
terça-feira, 6 de maio de 2014
BROTA A GOTA
Para Daniel Moreira
A escrita é como um rio
Que vai se aprofundando
Desde a nascente tão rasa
Até o fundo do oceano
Lá no meio, mundo azul
Não tem pé nem tem gigante
É tanta água mas cabe
Numa significante
Eu molho, o papel se vai
[se foi, era pra ter ido
O mais bonito dos poemas
Talvez nem tenha nascido
E brota a gota, vã cascata
Água clara, cristalina
No imenso vai levando
De arraste a sua sina...
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
CHUVARADA
Uma gota
Várias gotas na janela
Um plim, um plaf de chuva
O telhado canta seu metal
Pingos d’água murmuram rio abaixo
O encontro do céu com o chão
Chuva que saltou das nuvens
Sem paraquedas, em vão
E só caem porque querem
Estas águas suicidas
Plif e plof no portão...
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
5 MINUTOS PARA ANGÉLICA I
Atravesso a rua aceleradamente. Entre tantos destinos
incertos, apenas mais um. Encontro pessoas, o Nico está indo comprar um
jornal... Uma voz feminina me ordena, como é do feitio das vozes fêmeas.
Escrevo. Entre tantos livros inertes de poetas mortos (talvez entre eles bons
poetas), risco este texto, mais vivo do que sempre. A tinta da caneta tenta
sabotar a ideia, rápida como a mosca que voa agora, nesta imensa biblioteca. As
árvores fazem sombras na janela, mas a luz do sol entra emoldurada e sem
convite. À esquerda e à direita há pessoas que se concentram pelas letras suas.
Algumas iluminadas pelo sol invasor, outras, no canto, batem pó. Penso no resto
do dia, que me espera sem hora marcada. A senhora quer café? Há tantos
afazeres, muitos tolos, e eu me perco em cada pequeno instante.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
5 MINUTOS PARA ANGÉLICA III
A TV ficou ligada na sala. Era madrugada e aquele faroeste
parecia quase que real, com tiros cruzando o quarto. Eu reparei no
preto-e-branco iluminado na parede e desliguei a tela, acendendo o dia. Ainda tenho
alguns minutos, ela disse antes do telefonema, que atendera colocando em risco
os minutos que havia, como areia entre os dedos. Morava sozinha e era discreta.
Lia o jornal e pedalava. Até ontem não estudava, mas depois daquele papo
resolveu voltar a ler e construir o próximo argumento. Então eu seguia
acreditando no sucesso da peça, mas era ainda cedo do lado de fora da trama. O café
tá pronto, gritou ela da saleta. Havia um pequeno fogão e alguns biscoitos. Uma
vassoura em pé sobre a pá pequena e uma pia branca com pequeno vazamento de
torneira. Alguns azulejos estavam quebrados, principalmente os do canto da
parede, onde, na agora realidade áspera, faziam teias mínimas aranhas. Quer
açúcar? Eu disse não. Ela me passou uma xícara vazia e falou que me servisse, e
eu pensei em colocar meus planos e os mais profanos pensamentos nos jornais
para que um dia ela também lesse. Hoje o dia raiou muito cedo, e eu procuro a
hora de voltar pra casa. Sou canceriano, embora acredite pouco nisso, e o morno
e rápido café não pode segurar os meus ávidos anseios. Saio andando pela porta
da frente e rompo, mais uma vez, as pretensões inusitadas que tinha.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
ABRAÇO (para ricardo chacal)
Abraço de urso, abraço de russo
O abraço dado é o recebido
Abraço chorado, abraço sorrido
Abraço findo ao se partir
Estalos do abraço da sucuri.
O abraço dado é o recebido
Abraço chorado, abraço sorrido
Abraço findo ao se partir
Estalos do abraço da sucuri.
domingo, 3 de novembro de 2013
ABSTRATO ABRIL 4
Diga lá então o que pensas do mundo rapaz... os teus conceitos tão teus que queres pra todos... o sabor das tuas frutas, o nome do teu guia, as roupas que mais gostas. Mas o povo é tirano... e sofres porque o povo não gosta do que gostas e questionas a humanidade como se a própria humanidade coubesse num conceito único, lógico, tão óbvio e tão teu.
E por falar nas roupas, na cidade te vêem como as roupas tuas e por isso te preocupas tanto com as golas da camisa, a gravata combinante, o sapato brilhoso, enfim... e é mais fácil tu subires uma grande escadaria e chegares ante os teus com a perna quebrada do que com a calça puída, porque são os teus aparência e argumento que te representam perante outros atores da vida social, mas que não são o que realmente és quando deita-te na cama, à noite, sozinho e desnudo.
***
Sem roupa somos todos iguais.
***
Veja só que no mundo que vives quem tem mais poder é, inexoravelmente, o melhor argumentista. Os líderes, ídolos e profetas são articulados, belos e serenos. E é por isso que a influência que persegues ter é para não só teu uso, mas para estar por sobre os outros, num pedestal de perfeição. Ora correto, ora exato, julgas ser a representação perfeita no teu meio, sem perceber a impermanência das coisas, sem a humildade sensível que diferencia os anjos dos homens, pra quem vencer é acumular, sobrepujar e submeter.
***
Então eu penso que, quando nasci, morri em outro lugar.
E estou agora aqui, também de passagem, como em todos os lugares-planos a que se vá.
É a lógica universal nascer, crescer e morrer.
Rápido e constante passar, isto é tempo.
***
Aquele argumento velho
Mundo tolo, mundo teu
Homens deuses, deus humano
O semáforo dançando...
Mundo tolo, roupa sua
Ordens e indicações
Um lugar que ninguém viu
Abstrato abril.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
O SISTEMA
O sistema é um botão
Tão distante e sigiloso
E alguém atrás para apertar-lhe
Ao seu bel-prazer moroso.
Tão distante e sigiloso
E alguém atrás para apertar-lhe
Ao seu bel-prazer moroso.
sábado, 26 de outubro de 2013
OS SINGULARES PLURAIS
Campi é um plural sem S
Qualquer tem plural no meio
Lápis, plural de si
E blitze é o plural mais feio
Plural vem depois do um
O um do zero o teor
Que o zero não tem nenhum
Plural que lhe dê valor.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
NANDO
Eu moro em lugar algum
Eu moro nos meus sonhos
Que me encontram noite afora
Dia adentro...
De manhã
Eu moro nos meus planos
Que se espalham pelo chão
Da tarde...
Diário de Gogol
Nuvem sobre o sol
Outro limbo
Paralelograma
Praça pós-humana
Ser infindo.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
LOTAÇÃO 252
Lotação, lotação
Deus me livre, nem me conte
Já parou 40 vezes
Inda nem desceu da ponte
Lotação 89
De manhã foi dois-dois-dois
Motorista, não comove
O porquê do seu depois
Lotação 45
Da praia de São José
55 sentados
95 de pé
Lotação amargurada
Como é bom descer de ti
Minha rua na parada
Desde a hora em que parti.
domingo, 20 de outubro de 2013
OS PÁSSAROS E AS FORMIGAS
É esta uma das coisas que mais me entretêm: ficar olhando
silenciosamente os pássaros chegarem lentamente ao alpiste, numa cena
momentaneamente eterna em que ouço o vento balançando os galhos e vejo
dançarem no chão as sombras criadas pelo sol da tarde. Reparo pequeninos detalhes
do lugar... uma borboletinha marrom e seu célere mundo, a organização das
formigas, as flores do cinamomo que deslizam pelo ar, o remoto grão de areia
que reluz entre os demais.
Eu poderia estar com pressa, talvez a que possuem os
solitários... Eu poderia também estar traçando planos de trabalho ou abrindo
novos anexos de responsabilidade enquanto estes pássaros cantam e comem
alpiste, mas o silêncio é quase impossível na cidade e a humanidade está sempre a correr para dentro dos shoppings. Eu poderia estar em tantos lugares, tantas gentes esperam
por mim, mas a solidão e o silêncio é o que mais alto me chamam, aqui, junto ao
muro verde que me cerca, junto à fauna alada dos pardais, asas-de-telha, sabiás
e canarinhos. Junto às formigas que andarilham entre meus gigantes pés.
***
O pardal prefere ciscar o chão. Tremendamente próximo ele
chega da humanidade, a qual aqui eu represento como único exemplar, um inerte
dominante. E de mim chega tão próximo, sem medo nem pronome nem vergonha, e eu, como
ele, cisco pelo chão as novidades deste micromundo neste macroperpétuo
instante. Enquanto isso, numa mesa de reuniões, alguém discute sobre vaidades e
honorários, sobre horas programadas de outro dia egoísta sem paixão, que ignora
se é um dia a mais ou dia a menos, pois viver passou a ser a conquista de
moedas e a obtenção da razão.
Hoje o dia tem o céu azul. As horas já deixaram de ser tempo
e eu percebo que ter razão é ter bagagem. Eu vejo as coisas tão pequenas pelo
chão e elas me vêm imensamente grande, mas a diferença entre estas dimensões é
apenas um ponto de vista... um entre tantos outros que existem entre o fato e a
verdade, entre o ser e o existir, e ter razão então passou a ser desnecessário, como
é desnecessário qualquer julgamento sobre as coisas ao redor.
Ter razão é estar preso... Ter razão é estar numa gaiola da verdade... é manter um patrimônio obsoleto acima de tudo, um bigode ridículo na cara... pois a verdade pode vir a ser uma tatuagem que não se quer mais. Por isso, quanto mais eu penso estar convicto, menor estou, mais distante do vazio, que é a imensidão mais factível onde todas as verdades se encontram.
E é isso que eu aprendi com os pássaros e as formigas.segunda-feira, 30 de setembro de 2013
BARBEIRO DO BRASIL
Mas doutor, o que de fato eu tenho?
A senhora está com a Doença de Chagas!
Doença de Chagas? Mas o que significa isso, doutor?
Isto significa que a senhora foi chupada por um barbeiro!
Desgraçado... ele me disse que trabalhava no Banco do Brasil!
A senhora está com a Doença de Chagas!
Doença de Chagas? Mas o que significa isso, doutor?
Isto significa que a senhora foi chupada por um barbeiro!
Desgraçado... ele me disse que trabalhava no Banco do Brasil!
sábado, 28 de setembro de 2013
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