Não adianta, meu amigo
Desta paixão avassaladora
Ninguém pode proteger-te
Vais cair, não há
escolhas...
Abre o olho, camarada
Depois da queda, há os
dias
Longos dias para ser
sincero...
E você vai ficar
Olhando pra ela como o cão
olha pro frango
E ela então se sentirá
Como o último copo d’água
no deserto,
A última gasolina do
posto,
A última seda de domingo...
E só então você saberá
Se era tudo uma armadilha
Se valeu esta comida
E se ela também vale o que
come.