terça-feira, 25 de novembro de 2008

TRITOCOSMO


O ser humano realmente possui uma grande multiplicidade de fatores mentais, desejos, vontades, gostos, hábitos etc. Cada um desses elementos é regido por uma unidade mental fragmentária chamada Eu Psicológico ou Agregado Psíquico. Na doutrina de Gurdjieff e, posteriormente, defendida por seu discípulo Ouspenski, visa-se na psicologia do 4º Caminho de Gurdjieff uma interação de todos o Eus, formando-se um Eu coeso, íntegro. Ouspenski vai mais longe ainda, defendendo que um único Eu pudesse ser o dominador, controlando os outros Eus. A doutrina gnóstica afirma que não se deve melhorar, nem reprimir, nem fundir, nem renegar a esses Eus. Existe algo mais além da mente, do Eu e do tempo, que é a Essência Espiritual, esse fragmento de Deus dentro de nós, que se encontra preso, enfrascado, dentro de cada um desses Eus. Essa Essência deve reinar soberana, sem nenhuma manifestação ou existência desses Eus Psicológicos. Resumindo: o trabalho supremo do Buscador é precisamente a eliminação total e definitiva de todo e qualquer Eu.

MEU NOME É MUITO POUCO


Kali 18 da Lua Cósmica da Tartaruga do ano Lua Cristal Vermelha.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ANDA LOGO PRO FLICKR DO VT


http://www.flickr.com/photos/tavaresvilmar

TRIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM


Atrás do véu do tempo convencionado, representado por relógios e calendários, existe (e sempre existiu) o tempo natural, que dispensa cronogramas e comentários cartesianos. Existe e é fato, antes de Dumont... antes de Gregório. Mas a concretização de uma ideologia materialista, que explora os recursos até sua finitude, que concentra a atenção nas diferenças e não nas igualdades, que cria fronteiras e mira todo tempo-esforço no empoderamento e nas desigualdades, ruirá e já está ruindo, pois chegou a esquina onde a verdade encontra a máquina. Parafusos estão tremendo por todos os lados das engrenagens... Massa de ar polar, tiros no Iraque. Quebra de bolsas, extermínio de espécies. Contaminação das águas, subabitações... Vi prédios que são cemitérios de vivos... Vi vivos que já morreram e não percebem... Mas não achei resposta alguma na universidade nem no mercadinho...

***

Meu filho acorda no sofá para mais um novo intervalo entre os sonos. Quando acordaremos todos?

OSAMA?


Quem vai abrir a janela deles?

55% RESPONDEU NÃO SABER


Pelas ruas de Pelotas, zumbis. Mudam roupas, trocam nomes, mas os reconheço no olhar. No café da esquina ponho os pés no chão, e questiono coisas que nem deveria. Concluo realmente que a transição entre biosfera-noosfera está acontecendo, como previra Pacal, São João, Vernadsky e Valum. Entre elas, biosfera e noosfera, um muro tecnosférico. Toda concepção sistemática humana, seus prédios, marcas, guerras, escolas, economia... tudo está entrando em colapso... Ruindo como castelos de cartas...
Um amigo ri... diz que tenho razão, e levantamos outras questões pertinentes à tarde, sem nos darmos conta que aquela pequena moeda no bolso avaliza o mundo do Papa Negro que chegara, junto a outro tsunami. Alguém liga: oi tudo bem tudo bem e aí? Aqui nada muda porque mudo pouco... mas a ficha vai caindo, orelhão antigo... plim. Uma recarga de telepatia, por gentileza...
As pessoas que me cercam brigam... falam de morte... voltam pra casa como ontem, comem como ontem, dormem como ontem... E o ontem segue rumo a novos ontens... Se é que o ontem pode ser novo...
E o Ibope fez um novo levantamento para responder a questão: Aonde o homem é menos pobre. Ora bolas, na alma, claro...

ORGÂNICA DAS COISAS


Chovia na terra
Crescia no trigo
Vivia no pão
Era orgânico o chão
Microcoisas...
Se debatiam em cílios e caudas
Até encontrar a gota fluída
e voltar pro rio
e voltar pro mar
Pra chover de novo
Em qualquer lugar...

UMA GOTA DE HOMEM NA TERRA SECA OU QUANDO O TÍTULO É MAIOR QUE O RACIOCÍNIO POÉTICO


Semente
Se a mente...
Sê a mente
Ser mente.

O QUE NÃO VEJO


O tempo se condensa, do nunca pro sempre, vira brisa na janela e desce em gotas de oceano na área da casa. Os minutos crescem, viram horas, dias, vidas... O que percebo é que a fome da matéria não sacia... que a ânsia de arrumar o mundo não é nada além da ânsia de arrumar-se... que a nave vem de dentro, e também somos nave a rodar na infinitude imediata dos milésimos, intermináveis quanto a tudo, finitos na relatividade espacial...
Aquele pedacinho de papel com algumas letras a terra comeu, como come os corpos e pirâmides... Toda verdade que representava o feitio do que julgava ser se quebrou, como um espelho, e ensinou que meu nome segue sendo muito pouco... E as datas, que colocam fios brancos na pelugem, mostram que o conhecimento aprisiona e que a sabedoria liberta...
E tantas outras coisas vão surgindo... infindas... que a cada palavra que escrevo restringo o todo-resto; e o resto é o todo que não conceituo e, por isso, longo, como as ondas do silêncio.
Aprendi que tudo o que percebo sou, e todo fato é a vida se fazendo vista. E o que não vejo, não é o que inexiste... O que não vejo é exatamente aquilo que não me permite existir.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

260


Deus é 260.