segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SOFRO MAS GOZO, A BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA DO MARINHEIRO POPEYE


Trecho extraído de uma entrevista à revista FAMA, em janeiro de 1985.

FAMA: QUER DIZER ENTÃO LEMBRA BEM DO MARINHEIRO POPEYE?
Popeye? Claro, como é que eu não lembraria do marinheiro Popeye? Conheci Popeye em 1972, numa expedição pelo Ártico. Naquela época, ele ainda não era dependente. Tinha uma alimentação desregrada, lembro bem... só queria enlatados, mas nada de entorpecentes e álcool ainda...

FAMA: E ELE APARENTAVA SER UMA PESSOA NORMAL?
Ele era bonachão... gente boa mesmo. Lembro bem quando ele tomou o primeiro porre e fez xixi no armário... Bah... a Olívia ficou de cara... Mas ela ainda não tinha nada com o Brutus, ainda... O Brutus ela foi conhecer depois, em 1974... aí foi paixão à primeira vista, né!?

FAMA: E O POPEYE, COMO REAGIU?
Ah... o Popeye ficou de cara né? Quem não ficaria? Quando a Olívia foi morar com o Brutus, ele enlouqueceu... Bebia todo dia... Bequiardigava... Começou a usar drogas e a se deprimir... Ninguém tirava ele do quarto, um horror...

FAMA: VOCÊ NÃO CONSEGUIA AJUDÁ-LO?
Ajudar como? Ele tava loucão!

FAMA: MAS VOCÊ SEGUIU VISITANDO ELE, NÃO?
Segui sim... toda semana eu ia ver ele, mas aí sabe como é... ele começou a ficar violento... perigoso. Se infiltrou no meio das prostitutas e do tráfico... depois eu nem reconhecia mais ele.

FAMA: E QUANDO ELE MORREU?
Antes dele morrer ainda tirei uma foto. Ele tava mal. Ainda piorou, depois desse tempo todo, quando soube que a Olívia tinha engravidado. Aí foi a gota d´água...
(...)
Aí morreu, né!? O pessoal todo do Sindicato foi lá, prestou homenagem. Até o Brutus apareceu. Mas tudo bem, a vida continua...

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