sábado, 27 de fevereiro de 2010

MENTIRAS QUE GANHARAM O MUNDO


O ser humano é fantástico mesmo. Digamos até que ele é podre de fantástico. Mija na água que bebe, mata e come tudo o que se mexe, explode bombas pela Terra e acha que é a representação de Deus. Na verdade, Deus é que foi feito à imagem e semelhança dos homens...
Mas o fato é que o cérebro humano só serve pra guardar: o homem pensa com o espírito. Mas isso é segredo nosso, ok? É que após milênios de uso, o cerebelo (ou seria cerefeio?) começou a entrar em curto-circuito... aí então surgiu a mentira. Assim, após séculos de prática, o homem aperfeiçoou esta técnica de lidar com inverdades e surgiram mentiras de todo tipo e qualificação, como a mentirinha, a mentira-cabeluda etc...
Algumas mentiras ficaram famosas pelo mundo afora, como aquela que diz que o Paul McCartney já morreu, que o mundo acabaria em 2000, que Cristo é loiro de olhos azuis e que o Conho tinha dois pênis.
Culpa toda das fofoqueiras de janela... isso sim...

***

Uma das mentiras famosas que eu mais gosto é aquela que conta que, para economizar energia elétrica, deve-se colocar sobre a caixa de luz uma garrafa pet cheia de água. Pois eu, que conheço rengo sentado e cego dormindo, vou relevar, à la Mister M, essa mentira pobre e desgraçada.
É que o Jorjão era um caminhoneiro bravo... sempre armado, suado, irado e mais uns dois ou três "ados"... Ele era casado com a Diana, que foi Miss Moranga e era uma deusa da vila Xurupita*. Só que, você sabe como é, o Jorjão vivia na estrada e não conseguia apagar o fogo da linda mulata. E é aí que o Ricardo entra (literalmente) na história. Motoboy, boa lábia, brinco na orelha esquerda, 20 anos e 50 quilos de diferença pro Jorjão, começou a regar a horta da Diana, se é que você me entende...
A Diana tinha muito medo do Jorjão, que sempre chegava de repente. Aquele medo do tipo "se ele nos pega ele nos mata", sabe? Então ela combinou com o Ricardo que, quando a barra estivesse limpa, ela colocaria uma garrafa pet com água em cima da caixa de luz. Aí ele poderia entrar e a farra estava feita.
Contudo, um dia a vizinha (uma daquelas perigosas fofoqueiras de janela) perguntou a Diana o porquê daquela garrafa sobre a caixa de luz, e a Diana respondeu:
- É que que que é é é praaaaaaaa... economizar energia! É isso: economizar energia!

Foi então que a notícia se espalhou pela rua, da rua pro bairro, do bairro pra cidade e dali pro mundo, petiando as caixas de luz e enlouquecendo o Ricardo.

Essa é a MINHA verdade!

* Nome fictício para preservar o bairro (e a Diana, claro).

Nenhum comentário: