terça-feira, 8 de junho de 2010

OS DEDOS E AS COISAS


Um raio em cada lugar,
O fogo queimava o chão,
Crateras abriam nas rochas,
E chovia chorume dos céus...

O lixo invadiu as matas
Com casas ao seu redor
E gente olhando pelas frestas da janela
Os perigos que de haviam de si

Meus dedos eram meio coisas
Meio eu
E a cidade, um câncer na pele do planeta

O ritmo das ruas era o sangue
Que mantinha o monstro pra sempre criança
Seus segundos, marcados com cifrão
E no verso, a cara de um barão.

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