domingo, 23 de outubro de 2011

O CONTRÁRIO DO AMOR


Eu estava num ônibus em Alto Paraíso de Goiás e um cara estranho se virou, falando comigo. Era espanhol, um phD em Sociologia. Falávamos de coisas comuns à beleza do lugar, àquela estadia momentânea no paraíso, e num momento ele me questionou sobre o antônimo do amor.
Uma pequena palavra, de 4 letras e que terminava em O.
Eu sempre aprendi que o contrário do amor era o ódio.
E naquele momento, quase aos 30, reaprendi algo de muita significância.
Porque a gente tá sempre aprendendo.
Até a hora da morte estamos aprendendo...
Na verdade, cada aprendizado é uma morte pro que éramos.
E eu morro umas 20 vezes por dia...

***

O amor é um sentimento inato, ou seja, ele é da origem do ser.
Não o amor de que falam as músicas sertanejas.
Nem o amor de telenovelas.
O amor é um sentimento puro, à mãe, ao pai, à vida, filhos, amigos, plantas... o amor é a essência que nos permite reconhecer o outro ser em nós.
E é por ser inato que não pode ter como contrário o ódio.
O ódio é um sentimeto construído.
É a soma de vários conceitos axiológicos e psicossociais.
O revanchismo, a inveja, a cobiça, a competição...
E é por isso que o contrário do amor é o medo.
E é por isso que onde não há medo, o amor e manifesta.

***

Quem tem amor não tem medo.