segunda-feira, 7 de novembro de 2011

BUDA, A TARRAXA E O DESTINO


Buda já estava há 6 dias em meditação sob uma seringueira e questionava os porquês, após tanta dedicação, pelos quais ainda não havia alcançado a iluminação.
Foi então que passou por aquela trilha na floresta um professor de violino, que explicava a seu pupilo:
Se apertares muito a tarraxa, a corda arrebentará. Se a deixares muito frouxa, a corda não tocará. O segredo é o equilíbrio!

Ouvindo essas palavras, Buda se iluminou.

***

O Helinho me contou de um multimilionário que estava vendo TV e, de repente, se levantou e falou pra mulher:
Nega!!! Eu já sei o que eu vim fazer aqui!

Pegou uma trouxa de roupas e saiu andando pela BR para nunca mais voltar. Andarilho, largou família e fortuna para viver a sincronia de cada dia... um Forrest Gump entre Guaíba e Porto Alegre.

***

A liberdade do mendigo é o que todos invejam.

***

E eu, a partir do papo com o Helinho, descobri que todas as pessoas têm um futuro, mas poucas têm um destino.
E é por isso que eu não quero mais arrebentar as tarraxas nem frouxar as cordas da vida...
Quero apenas me manter limpo, como uma onda sonora, até que o tempo não propague mais minha sonoridade personalística.
E não me importa que isso leve cem anos, um mês ou um minuto...
Todo tempo é relativo: feliz agora, feliz sempre!
O mundo a se transformar é sempre interno.

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