Atravesso a rua aceleradamente. Entre tantos destinos
incertos, apenas mais um. Encontro pessoas, o Nico está indo comprar um
jornal... Uma voz feminina me ordena, como é do feitio das vozes fêmeas.
Escrevo. Entre tantos livros inertes de poetas mortos (talvez entre eles bons
poetas), risco este texto, mais vivo do que sempre. A tinta da caneta tenta
sabotar a ideia, rápida como a mosca que voa agora, nesta imensa biblioteca. As
árvores fazem sombras na janela, mas a luz do sol entra emoldurada e sem
convite. À esquerda e à direita há pessoas que se concentram pelas letras suas.
Algumas iluminadas pelo sol invasor, outras, no canto, batem pó. Penso no resto
do dia, que me espera sem hora marcada. A senhora quer café? Há tantos
afazeres, muitos tolos, e eu me perco em cada pequeno instante.
2 comentários:
Duda,
Queria uma informação tua (se possível). Como faço para me inscrever no projeto pró-cultura para a publicação de um livro? Obrigada desde já Nica
My hermano Duda, que tal?
Acompanho o Blogue...
Sempre que posso...
Tu sabes.
Fico feliz com teus textos...
Sempre. Sem exceção...
Tu sabes.
Mas ver meu nome em um deles me emociona.
Claro. Não por vaidade...
Nunca.
Tu sabes.
Mas por ver a relatividade da distância e do tempo (não tem uma teoria que fala disso?)
A gente é que decide o que o tempo e a distância podem fazer...
No teu caso...
A distância não me afastou...
E o tempo não me fez te esquecer.
E é bom me ver lembrado por ti também.
Um dia vê se me visita com a família.
Moro em Floripa agora.
E tu (e a turma toda, claro) tens casa aqui.
Besos a todos.
Nico.
Meu e-mail: nicosierra@defensoria.sc.gov.br
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