sábado, 15 de dezembro de 2007

MENESTEDES EMPRESTA, MAS NÃO DÁ

Dizem as más línguas de Uruguaiana que o seu Afonso Menestedes, famoso pecuarista local, voltara diferente de sua tragédia pessoal. Acontece que o avião do seu Afonso caiu numa remota ilha do Pacífico e ele lá ficara até ser resgatado, dois anos depois, por uma expedição da Furg que voltava do Pólo Sul.
Mas o ponto-chave de tudo é que o seu Afonso Menestedes não ficara solito no más na tal ilha: o co-piloto, Carlos Manteiga, outro sobrevivente, lhe fizera companhia.

Seu Afonso... Eu andava pensando - disse o co-piloto -... A gente tá aqui, só eu e o senhor... Há uma ano e meio, sozinhos nessa ilha... sem nenhuma mulher...
Undiéqui tu tá quereno chegar, índio velho? respondeu seu Afonso.
É que eu pensei que a gente poderia, sem compromisso seu Afonso... A gente poderia dar uma bimbada, digo, fazer uma meia, digo... digo...
Tu tá me achando com cara de trator que aceita engate na traseira, xirú? Vamo mudá o rumo da prosa..., disse seu Afonso.

Mas passados dois meses, o seu Afonso pensou melhor e decidira dispor de sua homossexualidade nunca revelada.

Ô Carlos... te aprochegue... Eu pensei melhor e decidi: vamos fazer "aquilo que tu queria", mas eu primeiro.

E assim se sucedeu. O co-piloto Carlos prostou-se e o seu Afonso Menestedes o fez de mulher. Quando chegou na sua vez, seu Afonso se posicionou como uma galinha assada, enquanto Carlos Manteiga se preparava, com afinco, para a cena que dispensa narração. No andar da carruagem, o co-piloto se aproximou e deu um leve beijo nas costas do seu Afonso, para a surpresa do mesmo.

Ôpa... disse o pecuarista... pode parar com tudo... sé é pra ter viadagem, paremo por aqui.

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