sexta-feira, 13 de junho de 2008

CHOPE DUPLO


Aconteceu com o amigo de um amigo meu, que era lá de Chapecó, Santa Catarina. O Edilson era tão bacana, mas tão bacana que quando o melhor amigo foi preso, ele se comprometeu a tomar, todo santo dia, um chope pra ele no boteco do Zé. Daí, toda tardinha, depois do trabalho, o Edilson tirava a gravata e sentava no balcão.
Dois chopes pra mim, por favor seu Zé!
O seu Zé achou estranho que o Edilson vinha, todo dia, e pedia dois chopes, brindava sozinho e os tomava, com seu amigo imaginário que estava preso. Depois de dois anos e meio, maios ou menos, o Edilson chegou no bar (no qual não deixara de beber em nenhum dia sequer, em respeito à promessa que fizera ao camarada. Claro que eximirei aqui ele das ausências em viagens, das noites de temporal e dos dias em que ficara acamado por caisa dos rins fracos). Mas pra estranheza do seu Zé, naquele dia, o Edilson pediu um chope daquela vez.
Um chope só Edilson? Que legal... seu amigo foi solto?
Não não, seu Zé... Fui eu que parei de beber.

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