quinta-feira, 5 de junho de 2008

STANDARD SOCIETY


5 de junho, Dia do Meio Ambiente. Como se o meio ambiente tivesse um dia próprio... Quando o homem marca dias próprios para as mães, para o índio, para o negro, parece que quer esquecer, nos outros corriqueiros dias, a existência deles. Mais ainda: inventa datas para dar presentes e consumirconsumirconsumir.
O homem é realmente louco pelo consumo. Lembrei que o Ita me disse, numa prosa, que as lojas de R$ 1,99 não vendem produtos: elas vendem o prazer do consumo.
E assim, nesta ânsia de existir destruindo, fumaremos o mundo...


E no Dia do Meio Ambiente, dê pra sua namorada este lindo casaco de peles. Sua mãe ficaria linda com esta bolsa de jacaré... Compre uma escrivaninha de mogno-pirata para o seu pai...


Em 1986, poucas eram as cabeças que analisavam com responsabilidade as questões ambientais. Em um encontro na Europa, o G7, que de mal informado não tem nada, mas de mal intensionado tem tudo, previu que próximo do ano de 2020 o modo capitalista de produção e consumo colocaria em colapso o meio ambiente no nosso planetinha. Mesmo assim, resolveram seguir até onde dava com o que chamaram de modelo Standard...
Chegamos então a 2008 com o maior registro de tempestades, furacões, tsunamis, degelo e desmatamento de toda história da humanidade. A forma como seguiremos vivendo, a partir desta realidade, também é opção de cada um, embora eu acredite que a humanidade, como coletividade, já fizera sua escolha e só acordará no caos.

***

O colega jogou um papel de bala no chão achando que eu não tinha visto.
O que vi foi o lixo de sua alma.

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