domingo, 23 de setembro de 2007

SOLTANDO BORBOLETAS

Algumas palavras perdidas no ar
Que foram parar em um lugar discreto
[Com duas janelas e um mocó no teto
Na rua do silêncio, antes avenida

Peguei-as cerradas
Segurando pedras
Que se pegam, dóem
Ou caem no chão

Resolvi mexendo
A ordem dumas letras
Transformá-las pólen
Do que precisava

E abrindo a mão
Como quem solta uma borboleta
Larguei-as ao vento
Para vê-las voar
Rumo à velha casa.

Nenhum comentário: