sexta-feira, 3 de julho de 2009

EU?


Eu, variavelmente inquieto, me prendo à mania de significar as coisas, de dar valor e simbologia à matéria. Adjetivo, substantivo e até mesmo adverbeio todas as nuances e formas, pois tudo é vazio e (apenas) quem interpreta sou eu.
Um cactos no deserto existe por si, mas não existe para mim. Ao que não vejo, não dou tom. Assim concluo que o mundo acaba quando eu acabo.
Ao cabo disso, percebo que todos os valores (a beleza e a feiúra, o bem e o mal, e muitas outras dualidades específicas) são regados por minha mente ativa. Então questiono: o que é o mundo? O mundo de fato é o que eu queira que ele seja. Sou eu quem alimenta o mundo (o meu mundo) com palavras e conceitos. Portanto, a essência das coisas está no vazio... está lá onde eu não estou. Está no terrivelmente curto espaço branco que intercala os meus pensamentos.

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