sexta-feira, 31 de julho de 2009

INSUBSTANCIALIDADE


Eu pensei um dia
Que o nome que chamava a minha cara
Fosse aquele pobre nome
De letrinhas portuguesas

Eu pensei que fosse eu
Aquele rosto nu no espelho
Preocupado com a barba...
O desenho do nariz...

Pensei que fosse
Um adendo dos meus planos
Ideias vagas do futuro
E no passado um labirinto onde vaguei

Até que um dia eu descobri
Que sou a soma de todas as teias
Que sou os nomes do vazio
Que sou do zero ao mil...

Descobri que as palavras
São muito tolas, muito vagas
E o que realmente sou
Não é aquilo que minha boca fala.

Nenhum comentário: