sexta-feira, 30 de julho de 2010

A VIDA DE ALFREDO


Encontrei o Alfredo no cemitério, num velório em comum. Ele me avistou de longe e caminhou, lentamente, em minha direção. Me apertou a mão e falou, com sua tenaz falta de ânimo.
Essa vida é mesmo uma merda!

***

Eu poderia ter dito que discordo, mas preferi o silêncio. Afinal, cada um vê a vida como pode. Eu vejo a minha como um jardim na tempestade... Há flores, raios, trovões e a chuva, que de uma hora a outra se transmuta de força a alimento e traz os mares ao quintal de casa.
A vida é show... é mágica... somos dela, cada um e todos, atores principais... protagonistas da própria história... E não tem segunda chance: é apenas na peça de estreia que subimos ao palco e fazemos, do roteiro, mescla do determinismo e da esperança, a ação que desejarmos.

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