sexta-feira, 29 de outubro de 2010

BOLSA-VIDA


Hoje cedo eu fiquei pensando sobre a função social da propriedade... Coisas do direito civil, sabe como é... A propriedade (depois de escapar do Proudon) tá lá, propriedaderando, no más, como diriam los hermanos, bem despreocupada e vadia, e chega um oficial de justiça revolucionário (ou mesmo uma pessoa qualquer, até porque as pessoas quaisquer são o tipo maios perigoso) e grita: esta terra não tem função social! Reforma agrária já! Enfim, teorias de barba sobre a legitimidade da posse das coisas...

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Aí eu pensei também na função social do ser humano e descobri que conheço um monte de gente talentosa que tem que correr o mês inteiro atrás de grana. Isso é inadmissível! Isto _ é uma _ vergonha, diria o Boris Casoy Bocamole.
O fato é que essas pessoas, que a partir de agora chamarei de ESPECIAIS, deveriam ser assistidas pelo governo federal e receberem pra viver... Isso mesmo: pago pra viver. Uma conta bancária vinculada ao novo projeto social: o Bolsa-Vida.

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O valor do Bolsa-Vida iria variar conforme a ESPECIALIDADE de cada ESPECIAL. O cara se inscreve, leva o número do comprovante de especialidade (CE) e sai do banco com a conta pronta, prontinha. Agora é só sacar: todo dia 30, o Bolsa-Vida estaria lá... Que beleuza!

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Aí o cara tá com um problema bancário, porque não param de depositar e depositar... Estoura o positivo da conta e o cara não consegue nem falar com o gerente. Vergonhoso...

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Cartão e zap.

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O melhor de tudo é que a corrupção ia ser mais nefasta ainda, porque a galera iria querer se passar por ESPECIAL sem ser... ESPECIAIS fantasmas... furos gigantescos e corrupções no sistema.
Mas ESPECIAIS de verdade não podem ser corruptos, lembrei!
E é por isso que o paradoxo estaá formado e o ESPECIAL no Brasil ainda precisa de PIS/PASEP.

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