quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O MUNDO DE ESCHER


Maurits Cornelis Escher é um designer e artista que elaborou gravuras e pinturas representando construções impossíveis, onde planos se cruzavam explorando o infinito e criando padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes, ou seja, uma loucura, literalmente, sem pés nem cabeça.
Em seus quadros, repletos de ilusões de ótica, ele colocava na perpendicular vários planos dentro de um mesmo polígono, criando uma imagem paradoxal e complexa e inaugurando a Relatividade de Escher, onde um elemento pode ter várias significantes dentro do mesmo contexto.

***

Onde pra um é chão, pro outro é teto.
E as paredes também são concreto.
No buraco negro, a margem do espelho.
E as janelas são vitrôs e também passagens.

Louco mundo, mundo louco
O que dizer de ti.
Cada dia tão diferente
Da última vez que vi.

***

Vivemos diariamente a Relatividade de Escher.
Nossa sociedade é um quadro vivo escheriano.
Na verdade, muito limitado é falar "nossa sociedade".
Somos muitas sociedades dentro de uma só.
A visão que tem o pobre.
O olfato do nobre.
As mesas postas, as ruas iguais.
Mas enquanto um passa a pé, outro com carro blindado.
As grades altas e muros robustos da nossa cidade separam quem está dentro da festa.
Do singelo transeunte.
A cadeia negra.
O plenário branco.
As escolas cheias de ninguém.
Qual o valor que a vida tem?
Eu sou feliz.
Eu sou triste.
Neste mundo coexiste o todo, todo numa coisa só.
O foco que eu vejo é minha aura desenhada.
As coisas que percebo são um pouco de mim.
E eu sou muitos paralelos.
Perpendiculares...
E tudo aquilo que penso ao léu
No próximo instante já está
Com os pés pro céu.

3 comentários:

marco disse...

bem massa cara, parabéns...

ITA KEIBER disse...

Ele é meu irmão, eu juro...me larguem filhos da puta, deixem-me passar, eu quero só dar um beijo nele, na Maria, no Jo e no Bem....oh, maravilha

Vani disse...

Lindo...lindo!!!

Somos tantos universos a serem explorados, onde até mesmo por buracos negros podemos ser sugados..rsrs...no fim, ou no começo,tudo é pretexto, nessa nossa viagem, linda passagem...paralelos, círculos, retas...eu viajo no rabo do cometa!

beijo no coração meu amigo.