Era meio da tarde
O dia quase já sem esperança
Andava tão depressa fugindo do anoitecer...
À luz do sol parada, as coisas mudam de lugar
Derramam-se em sombras nos ladrilhos das calçadas
Cada vez mais distantes, negras, espichadas
Agora, tarde, pelas luzes do luar
Eu penso em tua luz tão colorida
[tão imensamente colorida e clara
Que nenhum corpo ousa interromper
Crescente sombra tua que a luz deseja
Que deita entregue pela noite ainda acesa
E reaparece ao amanhecer...
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