quarta-feira, 12 de junho de 2013

MEIO DA TARDE


Era meio da tarde
O dia quase já sem esperança
Andava tão depressa fugindo do anoitecer... 

À luz do sol parada, as coisas mudam de lugar
Derramam-se em sombras nos ladrilhos das calçadas
Cada vez mais distantes, negras, espichadas
Agora, tarde, pelas luzes do luar

Eu penso em tua luz tão colorida
[tão imensamente colorida e clara
Que nenhum corpo ousa interromper

Crescente sombra tua que a luz deseja
Que deita entregue pela noite ainda acesa
E reaparece ao amanhecer...

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