Escrevo
Como quem desocupa uma gaveta velha
Retiro as meias, pequenos bibelôs
Uma carta de amor...
Te mando flor
Te digo tudo, muito mais
Do que eu mesmo creio
Espeto a faca,
Corto a língua flácida da palavra
Boca-muralha, viaduto expresso pela mão
E no papel
Claro lugar onde desnudo fico
Construo ideais castelos
E espio o mundo
Por uma janela de tinta.
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