quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O QUE SE QUER VER?


Infinito reflexo de espelhos
Aonde vão meus corpos em fuga?
Todas as coisas se ressaltam, multiplicam
A luminária ao chão...
A janela translúcida...

Quando sonho, não me vejo
Talvez até nem faça parte dos meus planos
Pois o que penso tem limites
E ao dormir, já não sei quem sou...

***

Acendeu uma vela na varanda
O vento, brando, permitiu-lhe a chama
E pela sombra clara, tilintante,
Desenho na brisa dançante
Rastro do mundo que saiu do escuro

Aquela luz já era boa
[embora pouca

O que, de fato, precisamos ver?

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