quinta-feira, 17 de março de 2011

O OBJETO SIM


O Objeto, diferente de tudo, condensando todas as formas geométricas na própria figura e, aos tenros e jovens olhos da multidão, ele não tinha nenhuma explicação...
O Objeto mais estranho de todo mundo
[deste e doutros mundos

Sem cor definida
E que a distância relativa do observador se tornava um elemento de inconstância em sua, nossa percepção.
De cada grau, uma visão...

Absoluta e constantemente variável, o Objeto era o grande enigma de todas as culturas, todas civilizações.
E o Objeto, nunca, em toda história da humanidade, fora decifrado.
Nem por fora, nem por dentro.
Por nenhuma religião.
E posto em funcionamento, ficava ainda mais estranho.
Qual a sua utilidade?
Qual que é sua função?

Todos os mestres e sábios o manuseavam, o Objeto, e tão pequenas eram suas conclusões.
Porque o Objeto mudava a toda hora.
E eram tão fugazes todas as informações...
Suas variedades eram tão mutáveis que todo conceito acerca dele, do Objeto, já, no próximo momento, era ultrapassado, ineficaz, prescrito - sem valia.

Então o cara.
Parecia um sufi, talvez o próprio Rajeneesh.
Levantou-se com o Objeto na mão e perguntou se era laranja.
Eu disse: Não.
E a minha resposta fora tão incompleta quanto toda biblioteca.
Toda Bíblia e Alcorão.
E ao mesmo tempo, se fez verdade absoluta.
Posto que era uma visão.
E o contraluz alaranjou o Objeto.
E Rajeneesh me sorriu.
Disse que eu não estava certo nem errado.
Apenas estava...
E eu entendi que somente nada é repleto de razão.

O Objeto se chamava vida.
Uma certeza atrevida.
[ou também não!

Nenhum comentário: