segunda-feira, 9 de julho de 2007

FREQÜÊNCIA SCHUMANN

Você já deve ter tido a sensação de que os dias parecem estar mais curtos, que os anos têm passado mais depressa, que ontem foi Natal, hoje já é Carnaval e amanhã já será um novo fim de ano. Deve também ter ouvido alguém comentar que "o tempo está voando" e se pego surpreso com a data em que se encontrava. Mas, de fato, o que realmente está acontecendo com o tempo? Será que o ritmo acelerado do cotidiano nos ilusiona ou está mesmo havendo alguma coisa com o planeta Terra?
Em 1952, o cientista Winfried Otto Schumann descobriu, pesquisou e registrou um campo eletromagnético existente entre a Terra e a ionosfera (cerca de 100 km acima da superfície) que emite uma freqüência na casa de 7,83 pulsações por segundo, ou seja, 7,83 hertz* (Hz), classificada como banda de freqüência extremamente baixa (ELF). É que quando a Terra gira sobre seu eixo em rotação, as moléculas presentes abaixo da ionosfera sofrem atrito, gerando, logicamente, energia. Esta energia produz um campo magnético que, por sua vez, possui uma ressonância (chamada então, em homenagem ao físico referido, Ressonância Schumann) que atua sobre todos os seres vivos do planeta, caracterizando, à sua maneira, a vida em nossa biosfera. É uma espécie de marca-passo de toda vida terrena. Astronautas isentos à freqüência Schumann, em viagem espacial, adoeciam. Eram então submetidos a um simulador Schumann, melhoravam e recuperavam o equilíbrio. E foi assim durante milhões de anos: o ritmo das pulsações da Terra era harmônico e havia um relativo equilíbrio ecológico e mentes mais sãs, menos obsecadas.
Foi então que nas décadas de 80 e 90 houve impressionantes observações acerca da Ressonância Schumann: seu módulo de 7,83 Hz havia aumentado para a casa de 11,8 e, depois, para 13 Hz. "O coração da Terra disparou", segundo o teólogo Leonardo Boff, em artigo sobre o tema. Em consoante, recordes furacões, tempestades e outras perturbações climáticas, atividades vulcânicas, desequilíbrios ecológicos, além de conflitos armados por todo o mundo e um crescimento geral dos "comportamentos desviantes" do homem social ocorreram. Devido a esta aceleração, a jornada de 24 horas na verdade seria de somente 16 horas (alguns físicos falam em 12 horas) e, por isso, estaríamos sentindo os dias tão fugazes.
O certo e preciso é que a freqüência Schumann atinge todos os seres vivos e, no homem, age de maneira peculiar. O ser humano possui uma freqüência cerebral natural que, por sofrer influência externa da Ressonância Schumann, seria, na maior parte do tempo, correlata à casa de 7,83 pulsações por segundo. Essas ondas que formam a freqüência cerebral humana podem variar de acordo com a situação fisiológica do indivíduo, ou seja, conforme seu nível de vigilância (acordado, dormindo, sonhando etc) o homem pode apresentar ondas do tipo beta (14 a 30 Hz, comum em adultos em vigília), alfa (8 a 13 Hz, típico dos momentos de repouso, meditativos, com os olhos cerrados), teta (4 a 7 Hz, encontrada em crianças e adultos em estado de sonolência) e delta (1 a 3 Hz, ocorre em crianças recém-nascidas e durante o sono). Deste modo, uma variação extrema na Ressonância Schumann poderia provocar, diretamente, reações adversas na humanidade e isto implicaria numa mudança de atitudes e compreensão da existência imperceptível ao Homo sapiens.
O que entra em questão é a relação do homem com seu irmão, em sociedade, e também com o planeta, como organismo vital à sua sobrevivência. Com a variante Schumann, o homem estaria vibrando à freqüência beta, do homem acordado, da freqüência acelerada. Neste estado o homem está preparado para perceber o mundo da terceira dimensão, perceber a matéria mais grosseira, com mais rapidez como desviar de um obstáculo quando se está dirigindo ou agir sobre reflexos motores, realizar serviços mais brutais e até guerrear fisicamente. Neste estado de beta o "sentir" do ser humano é pequeno, limitado, se atém apenas à parte grosseira das freqüências da matéria e da sobrevivência física. É no estado de beta que existe para nós o tempo e o espaço. É a ressonância do homem belicoso, do ser materialista, das ânsias egoístas.
Contudo, a Terra está lutando para retornar a sua ressonância original, e vai conseguir. Não sabemos que preço a humanidade (e toda biosfera) pagará, pois, assim como afirmam os astronautas de suas naves, somos uma coisa só, um mesmo organismo vivo, e responderemos em conjunto pelos danos que estamos produzindo. Se, portanto, quisermos seguir viagem em nossa nave azul, devemos começar a alterar nosso comportamento ante Gaia. Sejamos responsáveis com nosso lixo e nossa água e cuidemos de nossas flora e fauna. Vivamos com mais cordialidade e menos angústias, mais sorrisos e menos desejos. Vibremos com mais amor e serenidade e tenhamos, segundo Boff, "coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz".





* Embora registrados picos adicionais de ressonância em 14, 20, 26, 33, 39 e 45 Hz, a freqüência 7,83 é a de maior ocorrência e, portanto, chamada de fundamental.

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