terça-feira, 14 de agosto de 2007

NINGUÉM PRECISA DE DUPLA SENA

Era tarde. Era noite. Dirigia sua moto em direção à sua casa, na praia. Nos fones, Jorge Drexler cantava su...ave...mente, e do céu vinha o presente em água. Ao sair da paranóica metr(necr)ópole, não se sentira mais perseguido (se essa é a palavra correta, ou se há realmente palavras corretas para o que sentia). Até o capacete, restrição legal a seu (in)direito de morrer, já tirara, na anti-pressa comum às madrugadas. Apenas mais uma máscara de ferro...
Quando a moto parou, ainda chovia. Na frente do portão, algo parecia errado... mas não estava. Nada com o tempo... que o tempo nem existe, pensara. Nada com a chuva, que peixe era em Aquário e, quieto, sabia do bem de estar molhado (vivo!!!). E foi assim que entrara em casa, pisando manso nas notas do silêncio, sussurrando no sono dos outros, deixando o dia acabar...
Banho, café, cama, sono, beijo, bom-dia, tchau, boa-noite... A vida não é uma missa marcada... A vida é pra se respirar o pólem de cada instante.

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