No interior dos estados produtores agrícolas tem uns colonos que chegam nas revendedoras de havaianas e compram um caminhão à vista. Nos bancos, a mesma coisa. Chega lá um Zé-do-milho de boné, fedendo à asa, com pé sujo e deposita R$ 100 mil na bucha. Eu acho isso o máximo, porque quebra os estigmas do mundo da mo(e)da.
Em Santa Rosa, o seu Saling tinha um boteco com duas estantes. Humilde e longe de ser ganancioso, se contentava com 500% de lucro. Tanto é que o boteco virou um megaípermarket e o seu Saling passou a usar terno e gravata. Nos fins de semana, o seu Saling ganha o dobro, ri o triplo e trabalha o quádruplo com o movimento alucinado. Então, no final do domingão, ele junta a grana toda num saco (nos tempos do boteco era num envelope) para segunda, bem cedinho, depo$itar no banco.
O pior de tudo é que, além de vocês e este que vos fala, uns amigos do alheio também descobriram essa peculiaridade e, na segunda-feira, bem cedo, emboscaram o seu Saling na saída.
Nom nom, minha lucro nom.... – reagiu o seu Saling, se abraçando no saco de dinheiro.
Pá... Um dos ladrões disparou a arma, no meio da confusão, e acertou o comerciante.
No hospital, o médico plantonista teve que contar ao seu Saling que ele tinha perdido o testículo direito.
Mas e a dinhero? Perguntou ele.
O dinheiro eles não conseguiram levar, seu Saling...
Ufa!!! Suspirou ele.
Perdeu o saco mas não entregou o saco.
Cada um com seus valores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário