terça-feira, 3 de maio de 2011
LIXO NA SALA-DE-ESTAR
Se tem uma mania humana que me deixa de cara é de jogar lixo no chão.
Fico fulo.
Possesso.
Aqui em Pelotas isso é quase um hábito.
E veja bem: não quero com isso dizer que o costume seja dos pelotenses.
Pelotas é uma cidade plural. Aqui tem gente de toda parte do estado e do país.
Mas é aqui que eu moro. E é aqui que eu percebo essas atitudes nefastas.
E é aqui que eu tenho que registrar a minha indignação.
***
Eu tava esperando o ônibus pra me levar ao doce paraíso do Laranjal, meu lar.
O cara chegou, acendeu um cigarro, jogou o maço vazio no chão.
Depois de fumar, jogou a bituca.
E eu pensei: pobre mundo... pobre cidade. Pobres cidadãos.
E então eu percebi que o lixo já não é mais uma questão que sanidade urbana.
O lixo é uma questão de sanidade mental.
***
Eu já vi burguês jogando lata, pacote de salgadinho e fralda cagada pela janela de suas naves.
Já vi mendigo jogando papel de bala e cigarro.
Então, a porquice (com todo respeito aos porcos) não é uma questão financeira, é educacional.
***
Pelotas é a nossa sala-de-estar.
Você joga lixo em sua sala-de-estar?
***
E dizem que existe um superintendente de cuidados com a cidade.
E onde tá esse sujeito agora que eu preciso dele?
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