sexta-feira, 8 de abril de 2011
O POETA DO ABSURDO
“Pra dar nesse nego véio tem que ter foigo de 7 gatos.”
"Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraíba falada,
Cantando nas Escritura,
Saudando o pai da coalhada,
A lua branca alumia,
Jesus, José e Maria,
Três anjos na farinhada."
"Uma véia gurizada
Pra mim já é fim de rama,
Um véio Reis da Bahia
Casou-se em riba da cama,
Eu só digo pru dizê,
Traga o Padre pra benzê
O suvaco da madama."
"Jesus foi home de fama
Dentro de Cafarnaum,
Feliz da mesa que tem
Costela de gaiamum,
No sertão do cariri
Vi um casal de siri
Sem comprimisso nenhum."
Zé Limeira, o poeta do absurdo, era completamente desletrado, nuncas tendo escrito um verso sequer. Compilava palavras conhecidas com talento descomunal, uma genialidade ímpar. Um gênio analfabeto...
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