sexta-feira, 5 de março de 2010

ABRA-SE O REGISTRO


Deve-se atentar não só à forma costumeira como deixamos e mantemos o registro da arte fechado... deve-se atentar à própria arte, disfarçada entre as nuvens da rotina, se fazendo de meros ladrilhos.
A arte não notada, não fluida, existe só pra ela, no mundo chato das ideias ainda não percebidas.
Deixemos abertas todas as torneiras da arte; deixemos que escorra entre as calçadas, pelas favelas, que caia no rio do mar da arte mundial, porque quando tudo acabar... daqui a 6 bilhões de anos o sol morre e eu não consigo saber se isso é muito ou pouco tempo... e quando toda humanidade acabar, chegará outra... num futuro (ou seria num passado?), e ela não encontrará nem internet, nem movimento de veículos... quase nada... algumas ruínas apenas e, dentro delas, pequenos registros artísticos... um quadro, um disco quebrado, uma pequena estatueta...
Só a arte será encontrada... porque só a arte é eterna.

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