domingo, 7 de março de 2010

TSUNAMI DEMENTE


Ontem eu vi imagens impressionantes de tsunamis... o mar tomando conta de tudo, invadindo espaços, arrastando coisas e pessoas e, em minutos, destruindo construções e civilizações com décadas de concreto e teorias. Depois do estrago, o tsunami, como um cangaceiro, ia embora, deixando apenas vestígios de sua poderosa ação... deixando uma mensagem da incrível força da natureza... a única que ainda domina o homem que, ante sua manifestação, nada pode... fica minúsculo... perde todos seus conceitos.
Foi então que eu lembrei que a televisão é, também, um tsunami. E um dos mais perigosos, pois geralmente acontece nos lugares mais movimentados da casa. Sua onda é tão impressionante que alcança as localidades mais remotas do mundo, como Porto Mauá e Esquina Taquareira... pois é... pois é... pois é. E nem adianta subir morro pra escapar dela... pior ainda... lá ela te pega com maior intensidade.
Ela devassa culturas inteiras... destrói tudo o que ainda pode ser referência de beleza. E quando, ao apagar das luzes, a onda da TV vai embora, deixa seus rastros de fúria na mente... um lixão imaginário, espalhando por todos os cantos coisas inúteis.
Depois do encontro com a TV, poucos sobrevivem.

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