sábado, 20 de setembro de 2008

BALELOCRACIA


Acho, ultimamente, que a democracia é uma balela. Ainda mais em época de eleição, pois me aparece cada figura se dizendo a solução pros meus problemas... E a politicagem, como se apresenta em todos os níveis da federação, não resolve mais nada, pois o vício está na origem, ou seja, na essência humana.
Uma organização comunitária que centralize seus poderes em um governo central está fadada ao fracasso, pois este governo, recheado de pessoas despreparadas (nos três poderes, obviamente), nunca chega em todos os lugares. Assim, tomando o exemplo de Pelotas, por exemplo, a prefeitura não chega na periferia. A saúde não chega na periferia. Os empregos e as vagas na universidade não chegam na periferia...
Quando 51 pessoas decidem por 49, ou quaisquer que sejam as proporções (70 por 30, 80 por 20 etc), há aí um lapso político, qual seja o da supressão da minoria. Suprimir a minoria é causar turbulência, é alimentar a insatisfação e a revolta, é nutrir o monstro das diferenças sociais e políticas. E aí nos dizem, maquiavelicamente, que a democracia se resume no direito ao voto... Balela!
E qual, então, a solução para a sistemática?
Eu creio que seja a decisão por consenso, que é um passo anterior ao da decisão por telepatia. Contudo, como decidir por consenso numa cidade com 400 mil habitantes? Aí eu respondo: impossível! Não há decisão por consenso em grupos grandes, e é por isso que acredito na ramificação das comunidades em ecoaldeias e em pequenos agrupamentos sustentáveis, que formulem o seu regramento, a sua sistemática nutricional, educacional e de convívio.
Papo pra bar... ou pra sombra de um abacateiro numa ecovila.

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