quinta-feira, 11 de setembro de 2008

E AGORA?


Fiquei pensando acerca da vanguarda... Não há possibilidade de uma neovanguarda cultural ou tecnológica, pois todo processo (inclusive o acelerador de hádrons e a projeção holográfica) é o resultado de uma novidade preexistente, ou seja, é apenas mais um degrau conseqüente do anterior no plano da mesmice científica que parece nova, mas não é. A nova escadaria da vanguarda, que representa uma troca de paradigmas, é consciencial e chama-se LEI DO TEMPO!

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O fato é que o tempo (kin) precede o gen, ou seja, o tempo preexiste a tudo e dele todas as coisas derivam. E esta quadridimensionalidade do tempo, que é infinitamente imediato, expõe seu caráter absoluto, em detrimento ao espaço, que é relativo. Claro, pois se uma bituca de cigarro apodrece, a galáxia também, pois, segundo meu amigo Mago Galático, o espaço é a sombra do tempo no seu perambular pelas praias da consciência. Isto até parece confuso, por isso exemplificarei.
O tempo é o eterno agora, pois o único momento que realmente existe é o imediato agora. Ontem foi agora, agora é agora e amanhã também será agora. O futuro é uma projeção hipotética, baseada em medos e num processo mental cartesiano que, a cada dia, fica mais ultrapassado. E o passado é um resquício memorativo alimentado por ligações físico-químico-biológicas, onde é impossível auferir quaisquer ações, exceto a culpa e a saudade, instrumentos usados como referência por um ego que precisa de respostas imediatas sobre quem somos nós. E é por isso que todo dia nós voltamos aos mesmos lugares e fazemos as mesmas coisas, porque se não o ego se perde...
Então resta a grande pergunta: O que você faz do seu agora? Você troca o seu agora por uma grana que nunca comprará seu tempo de volta, que não resulta em nenhum caminho realmente alternativo aos colapsos geológicos, sociais e políticos e que objetiva apenas o seu empoderamento pessoal, trancando o fluxo da matéria e construindo, junto ao sistema, mais uma gama de miseráveis, mais uma gama de guerras por fronteiras, mais uma gama de sexo e drogas para tapar os buracos da mente...
Este tema realmente é muito amplo para ser tratado num tópico de blog... eu até diria que nunca mais falarei sobre isto de tão vasto que é o assunto, só que o nunca mais não existe... ao menos não agora. Então resumirei tudo em uma fórmula matemática:
T(tempo) = arte

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