quarta-feira, 24 de setembro de 2008

GUTCA


O sangue que das veias foge
Mancha o mundo de genes
Revela ao ar os segredos helicoidais
Guardados no âmago do imo

O mesmo sangue,
O sangue de mãe,
O sangue dos filmes e das novelas,
O sangue do cuspe,
O sangue dos santos...
Em gotas, retém universos,
E declara morta uma cadeia de DNA

Este sangue derramado,
Que tatua a pele e colore os seres,
Alimenta a terra que o absorve
E leva os fenótipos
De volta ao centro do nada.

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