Um mestre sufi, em seu leito de morte, disse a seu discípulo uma misteriosa e singela frase: "Se quiseres continuar no caminho sufi, muito cuidado com os gatos".
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O tempo foi passando... o jovem discípulo morava em uma cabana muito simples... e tinha apenas duas mudas de roupa. Os ratos, que eram muitos, roiam suas vestimentas, o que o obrigava a pedir, junto ao povoado, novas peças para vestir. Contudo alguém deu a ele uma ideia que lhe pareceu maravilhosa: um gato. Claro... um gato acabaria com os ratos de sua casa e lhe possibilitaria economizar as roupas, já que o povoado era tão pobre quanto ele, e não dispunha de tantas roupas para doar-lhe.
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O gato miava e gemia de fome... os ratos havia comido, todos... mas seu ronrom impedia o discípulo de meditar e silenciar. Foi quando outro alguém lhe sugeriu, inteligentemente, que ao invés de ele, discípulo, mendigar diariamente por leite, que lhe dariam uma vaca, pequena, que alimentaria a ambos. Ele e o gato. Assim terminariam os gemidos e miados e sua meditação seria, novamante, possível.
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A vaca precisava comer, e o discípulo viu-se obrigado a manter uma pequena lavoura, onde plantava trigo, pasto e algumas radiculares... Mas isso tomava seu tempo de forma absoluta que não conseguia parar um minuto sequer. Nem meditação, nem orações, nem mantras...
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O velho do povoado o sugeriu que levasse consigo, o discípulo, uma jovem viúva. Ela, assim, cuidaria dele, da lavoura, da vaca e do gato e poderia, ele, voltar a seus afazeres espirituais. Contudo, a jovem viúva engravidou. E foram 11 vezes, uma atrás da outra. E o jovem sufi, por ora nem tão jovem, tampouco sufi, descobriu que é impossível resolver um problema com outro...
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