quarta-feira, 21 de abril de 2010

A LIBERDADE NÃO PRECISA DE PARTIDO


O cabeça de acerola me disse "Que bom... amanhã é feriado em comemoração à morte do Tiradentes". Uau!, pensei. O cara se ferra contra o Império explorador português, morre enforcado, cortam sua cabeça e, três séculos depois, ainda comemoram a sua execução?

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Nesse encerramento de ciclo, a liberdade não se alcança mais pela política... Política, como o estudo das polis gregas, ou seja, a ciência destinada à administração da vida e dos interesses comunitários, não existe mais. O que existe é o partidarismo, o mesmo que financia o cabeça de acerola.

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Coisa chata é ver um grupo de idiotas, de terno e gravata, ao redor de uma mesa, defendendo as suas efêmeras siglas... que mudam de nome... que mudam de lógica... mas que sempre mantém um objetivo: o poder.
Tiradentes não morreu pela liberdade... ele morreu pelo poder. Porque o poder era discutido, não a liberdade. A liberdade é indiscutível...

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E não importa nem quem estava certo... se Portugal ou Brasil... as fronteiras nem existem fora de nossas cabeças... A questão é toda filosófica: não importa o quanto o homem tem que ganhar... importa o que ele precisa perder.

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Não significa nada o que fazemos com nossas palavras: o que significa é o que a gente faz com o nosso silêncio...

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